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Mostrando postagens de junho, 2020

Feliz Dia de Alfredo

Há 41 anos, o menino de beira rio, dos meio dos campos de Cachoeira, banhista de igarapé, deixava o plano físico. Um dos maiores romancista da literatura nacional do século XX, laureado pela Academia e reconhecido por outros grandes nomes da literatura nacional, que foram seus amigos, conviveram e, até mesmo, duelaram por livros de atas com ele.⁣ ⁣ Nascido em Ponta de Pedras, no Pará, em 10 de janeiro de 1909, criado em Cachoeira do Arari, no Marajó, do mesmo estado, Dalcídio teceu 10 romances conhecidos como o Ciclo do Extremo Norte. Os romances tratam da dura realidade do povo pobre paraense dos chalés e ribanceiras do Marajó e dos subúrbios de Belém, dando voz e protagonismo a "criaturada grande".⁣ ⁣ Apesar da inovadora e brilhante obra, Dalcídio amargou em vida um ostracismo literário gigantesco. Brilhante, mas desconhecido da maioria das pessoas. Sempre falo, todo leitor de Dalcídio sofre um pouquinho com essa dura realidade da obra do autor.⁣ ⁣ Eu mesmo, paraense que so

Bloomsday

O dia 16 de junho é um dia de duplas lembranças para mim. Dia de Alfredo, a grande festa dos leitores de Dalcídio. Bloomsday, a grande festa dos leitores de James Joyce. Se Dalcídio eu “descobri”, lendo os livros de Jorge Amado. Joyce, eu descobri pela influência de um amigo meu que, já não vive mais fisicamente entre nós. Conhecemo-nos, por acaso, em grupo de leitores de Pablo Neruda. E, enquanto ele viveu, dividimos nossas leituras de livros e poemas. Uma das conexões mais reais e genuínas que tive na vida. Engana-se, no entanto, que concordávamos com todas as coisas. Entre nós, no entanto, havia uma dezena de unanimidades, uma delas era James Joyce. Para nós, Joyce era um gênio. Uma leitura difícil, mas necessária. Um daqueles desafios que os leitores deviam enfrentar uma vez na vida. Enfrentar, mesmo sabendo, que a lista dos leitores que abandonaram Ulisses é gigantesca. Enfrentar, mesmo que você tenha que entrar para a lista dos que abandonaram os livros dele na estante. Hoje, ao