Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de novembro, 2011

Notícias

Entre mim e os mortos há o mar e os telegramas. Há anos que nenhum navio parte  nem chega. Mas sempre os telegramas frios, duros, e sem conforto. Na praia, e sem poder sair. Volto, os telegramas vêm comigo. Não se calam, a casa é pequena para um homem e tantas notícias. Vejo-te no escuro, cidade enigmática. Chamas com urgência, estou paralisado. De ti para mim, apelos, de mim para ti, silêncio. Mas no escuro nos visitamos. Escuto vocês todos, irmãos sombrios. No pão, no couro, na superfície macia das coisas sem raiva, sinto vozes amigas, recados furtivos, mensagens em código. Os telegramas vieram no vento. Quanto sertão, quanta renúncia atravessaram! Todo homem sozinho devia fazer uma canoa e remar para onde os telegramas estão chamando. Carlos Drummond de Andrade

E se eu fosse um pintor?

Sabe há uns meses atrás um amigo meu morreu e eu fiquei muito triste com a sua morte. Hoje eu sonhei com ele...  O dia seguiu em pura nostalgia. Fica, então, a música  Painter Song,  da Norah Jones. Diz muito sobre o que eu senti hoje, sobre o que eu, ainda, estou sentindo agora.... Ah! Respondendo. Se eu fosse um pintor eu pintaria sonhos... Vou dormir... And I'm dreaming of a place  where I could see your face and I think my brush would take me there...