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Mostrando postagens de março, 2011

Habib Koite & Bamada

O som perfeito e encantador de Habib Koite...

Baro - Uma viagem rítmica com Habib Koité e Bamada

Por Thiago Mesquita Meio rumba, meio mambo. Meio misto de mulambo com escambo. Meio cravo num campo de rosas, meio escravo em total liberdade. Meio favo coberto de mel. Baro é o instrumental de uma ancestralidade viva, rebuscado como palavra escrita nas folhas do papiro e renitente como pinturas rupestres na pedra da caverna. A lanterna de fogo, a grande tocha, iluminando a rocha gigante que serve de palco para os descendentes do ontem criarem o hoje. Diretamente de Mali, na região noroeste da África, para todos os ouvidos sintonizados na frequência do planeta música. Não há como passar despercebido. Com uma sonoridade que se espalha audição adentro em direção aos confins mais absolutos da matriz perceptiva, Habib Koité & Bamada nos levam para uma viagem rítmica pelas raízes do nosso próprio ser. Frutas, sol, árvores, vento, água. Paz, alegria, diversão, contemplação. Paralelo sonoro de imagens decoradas com a abundância de um olhar para o orgânico. Um mundo com tempo de sobra

Trocado poeminha incerto

Eu pego um barco, uma onda ou em desses ventos E saio por aí... Dou voltas, piruetas e me transporto p ara um lugar de infinitas cores Entre o céu, o rio e as multi formas da areia. Ou então, deitado entre folhagens velhas desenho no ar o retrato de idéias secas. Que silentes pairam sobre mim Mas não seriam as folhas secas e as idéias velhas? Talvez um dia você me responda... Antes que as luzes se fechem... E o tempo venha apagar as portas... Kerlley Diane Santos

Tabacaria

Não sou nada. Nunca serei nada. Não posso querer ser nada. À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo. Janelas do meu quarto, Do meu quarto de um dos milhões do mundo que ninguém sabe quem é (E se soubessem quem é, o que saberiam?), Dais para o mistério de uma rua cruzada constantemente por gente, Para uma rua inacessível a todos os pensamentos, Real, impossivelmente real, certa, desconhecidamente certa, Com o mistério das coisas por baixo das pedras e dos seres, Com a morte a por umidade nas paredes e cabelos brancos nos homens, Com o Destino a conduzir a carroça de tudo pela estrada de nada. Estou hoje vencido, como se soubesse a verdade. Estou hoje lúcido, como se estivesse para morrer, E não tivesse mais irmandade com as coisas Senão uma despedida, tornando-se esta casa e este lado da rua A fileira de carruagens de um comboio, e uma partida apitada De dentro da minha cabeça, E uma sacudidela dos meus nervos e um ranger de ossos na ida. Estou

Revolução na fotografia

Exposição em São Paulo apresenta 300 obras do russo Aleksandr Ródtchenko, um dos grandes inovadores da arte de vanguarda do século XX. A Pinacoteca do Estado de São Paulo e o Instituto Moreira Sales apresentam exposição com cerca de 300 obras de Aleksandr Ródtchenko (1891-1956), um dos grandes inovadores da arte de vanguarda do século XX, e um dos líderes reconhecidos do construtivismo russo, ao lado de artistas como Kasimir Maliévitch, Kandinsky, Wladimir Tatlin e o poeta Maiakóvski. Nascido em São Petersburgo, Ródtchenko iniciou-se na fotografia na década de 1920 (sua maior produção concentra-se no período entre 1924 a 1954) e foi aclamado internacionalmente como pintor, escultor e designer gráfico. Para ele, fotografar significava a possibilidade de criar arte realmente contemporânea; de mostrar o mundo através de “olhos matinais”. A mostra Aleksandr Ródtchenko: revolução na fotografia apresenta diferentes características de seu inovador trabalho fotográfico. De fotomontagens a

Leituras Carnavalescas

Por Gabriel Perissé A leitura é o meu carnaval. No carnaval da leitura eu pulo a noite inteira, vou ao desfile dos autores, faço das páginas meu enredo e nelas faço meu samba, e com elas faço a minha bateria, o meu batuque.   A leitura é a minha fantasia. Meu baile de máscaras, minha chuva de confete e serpentina. Na leitura em clima de carnaval faço com alegria a minha terapia existencial, meu contato com o bem e o mal.   Na quarta-feira de cinzas, os olhos inchados de tanto ler, entrarei na fila dos penitentes, para me lembrar que do pó da terra eu vim, e a esse pó voltarei um dia.   Que a terra seja leve para quem acreditou nos livros. Jejum, quaresma, temperança...   Antes do rito purificador, porém, é só carnaval. Orgia com as palavras, bebendo literatura até cair, gandaia, farra, folguedo, folia, folheando sem parar os mais diferentes livros. Sou carnavalesco na prosa e na poesia!   Antes da penitência, viver a incontinência da leitura, leitura até a