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Mostrando postagens de outubro, 2011

Há 109 anos nascia Carlos Drummond de Andrade

Já publiquei aqui o meu poema favorito de Drummond:   A Luís Maurício, Infante . Postei, também, outros dos quais muito gosto. Como indica o título, há 109 anos nascia o grande poeta Carlos Drummond de Andrade. Hoje desejava fazer um post mais elaborado em homenagem ao notável Drummond, entretanto, como estou trabalhando em minha monografia só vai ser possível postar um poema retirado do livro  A Rosa do Povo. Por sinal, um livro muito querido por mim... Vou dedicar este post também post ao meu já falecido amigo Álvaro Carneiro Bastos com quem tantas vezes falei de Drummond e dos "veludos nos ursos". Equívoco Na noite sem lua perdi o chapéu.  O chapéu era branco e dele passarinhos  saiam para a glória, transportando-me ao céu.  A neblina gelou-me até os nervos e as tias.  Fiquei na praça oval aguardando a galera  com fiscais que me perdoassem e me abrissem os rios.  Um jardim sempre meu, de funcho e de coral,  ergueu-se pouco a pouco,

Por um céu estrelado…

Eis minhas mãos: não tenho porque esconde-las, ainda que, por teimosia, tragam verrugas nos dedos por apontar estrelas. Este é o nosso ofício: cavalgar verdades cadentes, eternos/caducos presentes que comem a si mesmos mastigando seus próprios dentes. Assim são estrelas: tempo que tece a própria teia que o atrela, cavalo que cavalga a própria sela. Distanciamento Objeto Estranhamento Espera como pintor ensandecido que reprova a própria tela. Este é o nosso ofício, este é o nosso vício. Cego enlouquecido, visão por trevas tomada insiste em apontar estrelas mesmo em noites nubladas. Ainda que seja por nada insisto em aponta-las mesmo sem vê-las com a certeza que mesmo nas trevas escondem-se estrelas. Enganam-se os que crêem que as estrelas nascem prontas. São antes explosão brilho e ardência imprecisas e virulentas herdeiras do caos furacão na alma calma na aparência. Enganadoras aparências… Extintas, brilham ainda: Mortas no universo r