Hoje
eu acordei com “Os Maias” na cabeça. Já faz um tempo que o li e veio uma
vontade de visitar a antiga família da Beira. Os Maias foi o terceiro livro de
Eça que eu li na vida. Depois de Primo Basílio e o Crime do Padre Amaro. Na época,
eu fiquei tão impressionada com o livro que eu sabia citar parte dos livros.
Aquele foi um tempo tão bom da minha vida. Eu lia até dormir em cima dos livros,
dormia na varanda desenhando as estrelas. Eu queria saber sempre mais e mais e
eu era imensamente feliz por isso. E hoje estou eu aqui, tão triste.
“A casa que os Maias vieram
habitar em Lisboa, no outono de 1875, era conhecida na vizinhança da rua de São
Francisco de Paula, e em todo o bairro das Janelas Verdes, pela casa do
Ramalhete ou simplesmente o Ramalhete. Apesar deste fresco nome de vivenda
campestre, o Ramalhete, sombrio casarão de paredes severas, com um renque de
estreitas varandas de ferro no primeiro andar, e por cima uma tímida fila de janelinhas
abrigadas à beira do telhado, tinha o aspecto tristonho de Residência Eclesiástica
que competia a uma edificação do reinado da senhora D. Maria I...” (Eça de Queiroz)
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