Esta é a letra final
De minha última hora
mórbida
E de meu último
bocejo fraco
Às vezes longe de mim
mesmo
Às vezes perto de
mais do acaso
Andando por aí a
passos vagos
Quem sou eu?
De maneira não ou sim
do sou
O ar, o som, o
silêncio, a árvore
Vapor amargo de fel
antigo
Longe de mim mesmo,
Mas não do abismo
Perto do longe...
Ainda vivo?
Em portos distantes
depositei esperanças tolas
Com tolas horas
sobrecarreguei-me de saudades
E estas velhas e
hipócritas lembranças
Esta morfina... Esta
tonelada de infâmia
Partiu-me...
Partiu-me...
Brilhará a lua quando
a noite chegar ao cais
Os distantes e
sombrios sonhos voaram pra longe
Já não sinto mais
dor... Já não dói mais...
Chega de tristeza...
Chorar não irei... Jamais...
Kerlley Diane Santos
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